domingo, 15 de abril de 2012








Uma dor que temos que saber lidar. Façamos, pois, tudo o que estiver ao nosso alcance para aprender.

Essa vida é cheia de idas e vindas, vale dizer encontros e desencontros, as coisas acontecem a todo instante... Fatos ruins, alegres, enfim, tudo isso faz parte da nossa vida.

Temos que nos preparar espiritualmente para aprender os grandes ensinamentos, deixados pelo mestre Jesus.

Em todos os casos a dor da separação é muito difícil de lidar, mas a saudade das mães é mais dolorida. Sei que minha querida mãe sente uma imensa saudade do nosso querido Vande e do jeito dela deve se lembrar dele todos os dias da sua vida.

Saudade que também sinto... Muitas vezes me pego recordando os bons momentos que tivemos, lembro-me da sua luta e da sua alegria.

Procuro ouvir músicas e cantar, esse é o modo que encontrei para lidar com os meus sentimentos, em especial a saudade. Tenho consciência que sempre sentiremos saudade, seja do lanche da escola, preparado com tanto amor pela nossa mãe, do cheiro do bolo de fubá... e até dos puxões de orelhas, que sempre vieram com a finalidade de nos tornar melhores e alcançar a maturidade.

Outro aspecto interessante no que tange à saudade são os cheiros, em razão do significado que tem em nossas vidas, pois ao nascermos nos sentimos protegidos quando sentimos o cheiro de nossas mães, para nós trata-se das boas vindas ao chegarmos nesse mundo, até então desconhecido.

Segue um texto que Vinicius de Moraes que escreveu sobre a saudade. É exatamente o que penso e sinto:

“Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!”

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